o que é spread

O que é spread

Você sabe o que é spread? É provável que tenha ouvido esse termo no noticiário, em frases como “spread bancário é alto no Brasil”. Ele tem a ver com a movimentação que as instituições financeiras fazem com as operações de crédito disponibilizadas para os clientes.

De forma rápida: o spread é a diferença entre os juros que os bancos pagam para captar dinheiro e os aplicados na hora de conceder empréstimo. Para entender como esse processo funciona, vale descobrir como o sistema bancário atua no quesito financiamento.

Captação de dinheiro X concessão de empréstimo

Quando você tem uma conta em um banco e faz algum investimento (como renda fixa e poupança), a instituição financeira remunera com juros ao longo do período no qual o valor fica guardado, que pode variar de meses a anos, dependendo do tipo de aplicação (de menor ou maior risco).

A instituição financeira usa esse dinheiro guardado para operações de crédito. Isso significa que ela empresta esse valor para outras pessoas e cobra juros por isso. Porém, os juros cobrados são bastante diferentes: menores para remunerar o investidor e maiores para conceder empréstimos. Isso é o spread bancário.

Essa operação é legítima e recorrente na maioria dos bancos ao redor do mundo. Afinal, é uma forma dos bancos manterem as atividades. No Brasil, ao pesquisar o que é spread, você se depara com algumas particularidades que fazem dele um dos maiores do mundo.

Risco de crédito

Historicamente, o risco de crédito no Brasil é alto. Isso significa que a probabilidade das pessoas que pedem dinheiro emprestado não honrarem com as dívidas é grande. Isso contribui para os bancos cobrarem juros altos para conceder empréstimos, o que ajuda a manter o grande spread no mercado financeiro.

Há outros fatores para isso. Nos últimos meses, a taxa Selic, determinada pelo Banco Central e tida como referência no mercado financeiro, manteve-se alta, acima de 12%. Como ela também entra nas contas do banco para conceder crédito, o spread fica realmente grande.

Ao aprender o que é spread, considere que existem outras formas de crédito que cobram juros bem menores: os empréstimos consignados, vinculados a uma renda (salário ou aposentadoria). Como o banco sabe que o valor emprestado será pago, concede taxas mais baixas.

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Inadimplência e juros

Não dá para evitar falar de inadimplência, sem citar os juros, assunto que tem muito a ver com o que é spread bancário. Ao conceder empréstimo para uma pessoa, o banco calcula o risco do cliente não honrar essa dívida.

Em situações de incerteza, como inflação alta e pouco emprego, a capacidade das pessoas conseguirem pagar as contas é muito reduzida. Não é incomum que elas recorram a empréstimos, quando o banco calcula a probabilidade de não receber o valor de volta.

Esse é um dos motivos pelos quais as instituições financeiras cobram juros mais altos, já que elas arcarão com a dívida caso o cliente não consiga pagar de volta. Lembre-se que esse dinheiro vem de investimentos feitos por outros clientes, e isso tem tudo a ver com o que é spread.

Como calcular o spread bancário?

Para saber como calcular o spread bancário, use a fórmula: taxa de aplicação – taxa de captação. Essa diferença varia de banco para banco, que faz as contas com base no histórico de pagamentos de dívidas e na quantidade de dinheiro que entra via aplicações.

Imagine um banco que paga 7% ao ano por um investimento em renda fixa, mas cobre juros de 10% ao ano para empréstimos a pessoas físicas. Na diferença, o spread fica em 3%. Esse é um exemplo simples, até porque o cálculo é mais complexo, incluindo taxas bancárias e impostos.

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